terça-feira, 18 de setembro de 2012

Algumas análises de Belfort x Jones

Por Equipe MMA FEVER 

Jones x Belfort

Com o UFC 152 chegando esse final de semana muitos atletas e treinadores estão fazendo análises do que pode acontecer no combate entre o campeão Jon Jones contra o desafiante Vitor Belfort. Apesar do campeão ser tido como favorito, boa parte dos atletas acreditam que o brasileiro tem tudo para surpreender.

Minotauro que irá lutar no UFC RIO está na torcida pelo seu compatriota e acredita que o mesmo pode surpreender nessa disputa de cinturão. Em entrevista ao Sherdog ele diz: “Jones é o melhor meio-pesado atualmente, é muito atlético, tem ótimo wrestling, e um ground and pound violento, usa bem os cotovelos. Vitor tem as melhores chances em pé, pelo boxe que tem, pela velocidade. Lutar no chão não será bom para o Vitor, mesmo sendo excelente faixa preta. Ele não tem nada a perder, acho que será grande luta”

Já Zé Mario Sperry, líder da academia Blackzillians (time do qual Belfort faz parte) e campeão mundial de jiu jitsu, também analisou o combate: “O Vitor não pode andar muito para trás, aceitar a distância dele. Tem que tomar cuidado porque é uma situação delicada: se você anda muito para trás, ele acaba ganhando a distância e levando vantagem em pé. Se você encurta a distância, ele acaba te botando pra baixo. E aí ele por cima é mais perigoso ainda. Tem que ficar naquela linha tênue da distância, onde ele não fica tão distante e nem muito curto para tentar explorar a velocidade e evitar as quedas. Vitor tem que explorar a sua velocidade”.

O treinador de Dan Henderson, Gustavo Pugliese, em entrevista para a TATAME também fez sua análise da luta: “Ele vai ter que fintar bastante, não ficar parado e não deixar o Jones armar os ataques dele. Cortar o octógono para encurtar a distância também é importante para o Vitor. Assim, ele aproveita o jab muito lento do Jones para bater com o direto de esquerda, sua arma fatal. Mas ele não pode esquecer os chutes, pois sem eles ficará mais difícil de confundir o campeão para a mão entrar”.

Apesar da conhecida explosão de Belfort o mestre Artur Mariano, comentarista do Canal Combate, acredita que o desafiante deve seguir o seguinte caminho: “O Vitor deve trabalhar a distância e, inicialmente, não atacar. O campeão geralmente espera o desafiante atacar e o Vitor não deve cair nessa. Tem que deixar a luta morna, mexer com o psicológico do Jon Jones para ele perder a paciência e partir para cima. Quando o Jones ataca na trocação, ele abre espaços. Esta é a hora exata para o Vitor usar os seus tradicionais socos em linha, os golpes retos, com a sua explosão habitual”. Mariano ainda completa: “Se atacar na hora exata, sem se expor, Belfort fatalmente vai complicar. Pode, inclusive, aproveitar este momento para tentar derrubar e colocar em prática o seu Jiu-Jitsu, que é um dos seus diferenciais. Ao chão, ele deve não apenas trabalhar o ground and pound, mas buscar a finalização e posições de controle. Seria uma boa oportunidade de dele finalizar a luta.”

Enquanto isso para a mídia americana, o sempre confiante campeão dos pesos meio pesados afirma: “Eu não trouxe ninguém de especial para me ajudar a treinar para essa luta. Eu acredito que eu preciso apenas me ajustar a algumas posições que podem ocorrer durante a luta e técnicas que ele pode usar. Eu tenho certeza que quando a luta começar eu vou pegar o tempo certo e me ajustar”.  Jones ainda completa: “As mãos rápidas com certeza é um dom que Belfort tem, mas eu sou bem rápido também”.

Com tantas análises do que deve ser feito realmente fica difícil saber o que esperar da luta. No entanto, uma coisa é certa, o desafiante precisa acertar sua distância o quanto antes na luta, pois ela certamente será uma das chaves que vai destrancar a porta da vitória. Outro detalhe não comentado pelos especialistas é o momento que Jones está passando. Provavelmente ele lutará bem pressionado, pois nesse último mês o campeão foi extremamente bombardeado psicologicamente e ainda tem pendências do UFC 151 a resolver com o chefão White.  

Enfim, apesar de o brasileiro estar encarando um oponente muito maior, não há momento psicologicamente melhor que esse para ele tentar voltar ao hall dos campeões do UFC. Essa é a oportunidade de Belfort mostrar mais uma vez que Davi pode vencer um Golias. 

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