segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Entenda o cancelamento do UFC 151 e veja a opinião de alguns lutadores sobre o ocorrido.

Por: Equipe MMA FEVER



Com a recente lesão de Dan Henderson, o card do UFC 151 passou por várias mudanças. Inicialmente o presidente do UFC, Dana White, propôs que o atual campeão dos meio pesados lutasse contra o falastrão Chael Sonnen, no entanto Jon Jones aconselhado por seu treinador, Greg Jackson, decidiu recusar a lutar. Desde então, essa recusa e o cancelamento do UFC 151 tem sido o assunto mais comentado durante a semana passada no mundo do MMA.

Primeiramente tivemos os comentários do próprio Chael Sonnen, que ao decidir subir para a categoria dos meio pesados não deu um dia de folga para o atual campeão sempre utilizando sua língua afiada para começar a provocação. No entanto, se Jon Jones estava incomodado com as trollagens do falastrão e acabou por tomar uma decisão polêmica ao evitar a luta, pois após essa “arregada” de Jones, Chael continuará com munição ilimitada para bombardear o campeão enquanto durar o seu reinado na categoria.

Mesmo sendo o número 1 da categoria, Jones não apresentou nenhum motivo convincente para não aceitar a luta contra o Sonnen. Na verdade, esse era o momento perfeito para o campeão mostrar que no MMA os grandes legados são construídos no cage e não apenas com palavras. O campeão ainda iria contar com a vantagem de estar 100% treinado para o combate do dia 01 de setembro, enquanto seu desafiante ainda estava com treinos precários e com o peso não ideal para categoria dos meio-pesados, já que o seu treinamento era voltado para uma luta no dia 29 de dezembro. Entretanto, mesmo possuindo vantagem sobre seu oponente Jones preferiu não aceitar o combate contra o compatriota.

Em seguida, os desafiantes melhores colocados no ranking da categoria dos pesos meio pesados foram chamados pelo chefão Dana White para lutarem contra o número 1. No entanto, os brasileiros Lyoto Machida e Mauricio Shogun Rua não aceitaram o convite para substituir Dan Henderson. Os dois brasileiros responderam que não haveria tempo suficiente para se preparem para a luta. Decisão que na opinião desse autor, foi acertada, já que os dois estariam em desvantagem ao lutar contra o campeão totalmente treinado e preparado, sendo que os dois foram avisados em cima da hora. Além disso, caso um dos desafiantes brasileiros aceitasse a luta e perdesse, o mesmo iria ir para o final da fila e teria que iniciar novamente todo um trabalho para subir no ranking da categoria novamente para poder ter outra chance de disputar novamente o cinturão.

Enfim, quando as opções pareciam esgotadas Vitor Belfort foi chamado para lutar contra o Jon Jones. Luta essa sem tanto apelo de rivalidade entre os dois participantes. No entanto, o campeão vem sendo duramente criticado por todos os lados, pois após a recusa contra Sonnen e o aceite de Belfort, o UFC 151 teve de ser cancelado e a luta transferida para o UFC 152, dia 22 de setembro. Após o cancelamento definitivo do evento houve os seguintes comentários:

“Esta é a primeira vez que o campeão não aceita uma luta. Eu fiquei muito impressionado ao ouvir isso. Ele nem mesmo está machucado. É inacreditável para mim que ele não aceitou a luta, “o show deve continuar”, atitude. Se existisse alguma maneira, qualquer maneira que eu pensasse que eu poderia ter uma chance de competir, eu teria feito isso.” Dan Henderson na conferência de cancelamento do UFC 151.

"Eu acho que ele deveria ter aceitado a luta. Ele já vinha treinando, se preparando há tempos para lutar no mesmo dia, vantagem que o Sonnen não teria. Diferente do Lyoto e de mim, que lutamos agora e teríamos apenas duas semanas para se preparar para um cara que já vinha se preparando". Shogun, em entrevista para o site PVT – Portal do vale tudo

“Você tem toda uma preparação para lutar com determinado atleta. Quando muda, muda um pouco. Achei que ele poderia ter lutado com o Chael, mas é uma opção que ele tem também. Ele se preparou para lutar com o Dan Henderson. A equipe toda dele achou que era melhor ele não lutar". Anderson Silva falando no programa Domingão do Faustão do dia 26 de agosto.

“Simplesmente não sei por que ele não quer me enfrentar no próximo sábado. O que mais ele tem para fazer no sábado? Tem alguma degustação de vinho numa pista de corrida local ou alguma coisa que não ouvi? Não sei. Não sei qual é o problema. Talvez Dana (White, presidente do UFC) não tenha tornado claro o suficiente que ele botaria Jon Jones num voo, talvez Jones achou que tinha de dirigir... (Jones perdeu a carteira após bater o carro estando alcoolizado)” Chael Sonnen, em entrevista para a mídia norte americana


“Nós não sabemos a história toda e por isso não temos como nos posicionar. É uma coisa muito louca, mas acho que eu aceitaria a luta. Se eu tivesse um treinamento completo para me preparar, e o adversário tivesse somente oito dias, eu acho que eu aceitaria, mas não dá para saber. Eu acho que tudo depende das negociações e tudo mais”. Frank Edgar, para o site MMAweekly

Além dos lutadores o chefão do UFC, Dana White se pronunciou na coletiva de cancelamento sobre a decisão do campeão de não aceitar a luta:

“Jon Jones é um cara que muitos fãs não gostam, e não acho que isso vai aumentar muito sua popularidade. Lorenzo Fertitta e eu estamos enojados com Jon Jones e Greg Jackson. O UFC 151 será lembrado como o evento que Jon Jones e Greg Jackson mataram."


“Algo que deve ser realmente levado em consideração são os lutadores do card preliminar. Claro, Jon Jones é rico, o que importa a ele se a luta for cancelada? Mas 20 outros lutadores do card teriam, juntos, até cerca de meio milhão de dólares de bolsa, um dinheiro que a decisão de Jones e Jackson tirou deles. Nenhum campeão ou estrela principal havia feito isso na história do UFC. Por mais difícil que Tito Ortiz possa ser, até ele nunca desistiu de uma luta.”


Sobre o treinador de Jones, Dana White disparou:

“Greg Jackson é o assassino desse esporte. Nunca na minha vida imaginei que o técnico de um campeão pudesse aconselhá-lo a recusar uma luta pelo cinturão. A decisão foi lamentável e egoísta, porque ela não afeta somente a ele, mas aos fãs, empresários, emissoras de TV, jornais”

Certamente a luta entre Jones e Belfort tem muito mais apelo para público brasileiro do que a luta contra Dan Henderson. Ficamos na torcida para que Vitor Belfort consiga fazer a melhor preparação possível para este dificílimo duelo.

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